Biscoitos
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Nem biscoitos, nem bolachas. Aqui o assunto é vinho!
Biscoitos é o nome de uma das freguesias da Ilha Terceira, localizada no Oceano Atlântico, e que pertence ao arquipélago dos Açores, território autônomo da República Portuguesa. Para chegar à Ilha Terceira, são 2h45min de voo, partindo de Lisboa.
Biscoitos, a pequena freguesia de menos de 1.500 habitantes, emprestou seu nome a uma denominação de origem de vinhos de Portugal, produzidos localmente, oficialmente regulamentada desde 1994.
O nome Biscoitos faz referência à semelhança das rochas vulcânicas com grandes biscoitos escuros.
Nessa região os solos são vulcânicos, ricos em minerais e relativamente férteis. São condições notoriamente reconhecidas como favoráveis ao cultivo de uvas de acidez mais elevada, de maneira que as uvas dos Biscoitos são naturalmente bem adaptadas para a produção de vinhos licorosos, onde a acidez equilibra-se com a doçura.
O vinho autorizado para ser rotulado como Biscoitos tem que ser um vinho licoroso, fortificado, com pelo menos 16% de teor alcoólico, tendo passado pelo menos 3 anos estagiando em cascos de madeira.
As castas recomendadas para a produção do vinho dos Biscoitos são: Verdelho, Arinto e Terrantez. Além dessas, também estão autorizadas: Boal, Malvasia, Sercial, Fernão Pires, Generosa e Galego Dourado.
Uma observação: Fora das regras da denominação Biscoitos, produtores fabricam vinhos secos, não fortificados, também de alta qualidade, visto que a elevada acidez é uma boa condição para estruturar vinhos de boa longevidade.
Uma curiosidade: A tradição vitivinícola da Ilha Terceira, e de Biscoitos, é bem antiga. No século 16, o vinho de Biscoitos era muito consumido nas caravelas da Rota das Índias e das Especiarias.
Uma peculiaridade: Em 1990 foi fundado, por um antigo produtor de vinhos da freguesia, o Museu do Vinhos dos Biscoitos.
Para encerrar, sem sair do arquipélago dos Açores, que tal conhecer Pico, outra denominação de origem da região, cuja paisagem foi declarada, pela UNESCO, como um Patrimônio Mundial da Humanidade? Para conhecer Pico e seus vinhos, clique aqui.
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